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Confrontos em São Paulo: Jovens protestam contra lei que proíbe celulares nas escolas e criticam falta de diálogo do governo Manifestação termina em violência. Estudantes afirmam que políticas públicas ignoram suas necessidades e realidade. Um protesto organizado por estudantes na capital paulista resultou em confrontos com a polícia nesta segunda-feira (31). A manifestação foi provocada pela nova lei estadual que proíbe o uso de celulares em salas de aula. A polícia militar foi acionada para conter os atos, que incluíram danificação de áreas públicas e pelo menos 3 detidos. A nova legislação, sancionada na semana passada pelo governo do estado, proíbe o uso de dispositivos móveis durante as aulas, exceto em casos em que o aparelho seja preciso para atividades pedagógicas. A justificativa do governo é que a medida tem como objetivo melhorar o foco dos alunos nas aulas e combater o cyberbullying. Porém, muitos estudantes argumentam que a lei é autoritária e ignora a realidade das novas gerações jovens. Raphael Pardini (17), estudante do ensino médio, um dos organizadores do protesto e um dos detidos, criticou a falta de diálogo do governo com os jovens. Em depoimento, alegou: "Essa lei é mais uma prova de que as políticas públicas não são feitas para nós, jovens. Eles não nos consultam, não entendem como a tecnologia faz parte da nossa vida. Proibir o celular na sala de aula não resolve nada. A gente quer ser ouvido, quer participar das decisões que afetam diretamente a nossa vida." "Não somos vagabundos, como alguns dizem por aí, a gente quer estudar, quer um futuro melhor, mas queremos ser tratados com respeito." Completou. O protesto começou de forma pacífica em frente à Secretaria da Educação, mas terminou em confrontos após alguns jovens atirarem pedras e pintarem paredes. A polícia usou gás de pimenta e balas de borracha para espalhar a multidão. O governo do estado emitiu uma nota afirmando que a nova lei tem o objetivo de "garantir um ambiente educacional mais produtivo e seguro". Sobre os protestos, a administração do estado disse que "reconhece o direito à manifestação, mas não aceita atos de violência e vandalismo". Enquanto isso, os estudantes afirmam que continuarão pressionando por mudanças, mas especialistas reforçam a necessidade de adotar métodos mais eficazes para alcançar seus objetivos.